'Marta confunde obra de metrô com de ônibus', diz Serra

Itapira – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse hoje em visita a Itapira, interior de São Paulo, que a ex-prefeita e candidata à Prefeitura da capital paulista, Marta Suplicy (PT), confundiu fazer obras no metrô com instalar uma linha de ônibus. Um dos motivos da confusão, disse o tucano, seriam falhas na assessoria da candidata. “Fazer metrô não é como fazer uma linha de ônibus. Eu acho que a Marta Suplicy, às vezes por causa da assessoria dela, está se confundindo. Ela não sabe bem o que significa metrô e está sendo mal assessorada”, afirmou. “Fica falando de metrô como se fosse abrir uma linha de ônibus.”

Marta afirmou em seu programa eleitoral de rádio que teria recursos do programa federal para a construção de novas linhas do metrô em São Paulo. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participou do programa e informou que os recursos serão de financiamentos e não do Orçamento da União. “Já temos financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e podemos fazê-los mais no futuro. Agora, uma coisa é financiar, outra é gastar dinheiro. Se você compra uma geladeira nas Casas Bahia você não vai chamar isso de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Geladeira porque vai ter de pagar juros e amortização”, disse Serra.

“Estamos com plano de expansão de 30 quilômetros de metrô em São Paulo, todo em licitação. Você fazer metrô implica ter projeto básico, projeto executivo, concorrência para o projeto executivo, desapropriações, concorrências pela obra, pelo sistema e pelos equipamentos”, continuou. O governador disse ainda que, caso o próximo prefeito tenha interesse em se tornar parceiro nas obras do metrô, a ajuda será bem-vinda.

“Desde a época do prefeito Setubal (Olavo Egydio Setubal) a prefeitura não entrava no metrô e voltou agora. Eu espero que se mantenha no futuro, cooperando com o desenvolvimento dos planos que já estão em plena implantação”, afirmou Serra. “Se for necessário a gente pede financiamento para o Banco Mundial, para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), para o BNDES. É isso. O resto é fru-fru.”